Inovar pode trazer facilidades, redução de custos e da burocracia para os segurados. Mas é bom ficar bem atento na hora de contratar.
O sinal dos tempos nunca foi tão claro: ferramentas online, automação, dados, tudo isso junto, e misturado, vêm promovendo uma enorme mudança no mercado de seguros no Brasil.
Funções que antes eram essencialmente feitas por pessoas, hoje, já estão sendo feitas por robôs e inteligência artificial. O objetivo é reduzir custos e burocracia e ainda permitir a contratação de seguros via online, com muito mais rapidez e flexibilidade de tempo de contrato.
E o reflexo da tecnologia já traz uma novidade significativa: a substituição das vistorias presenciais, antes feitas por engenheiros e técnicos na hora de fechar seguros residenciais ou veiculares, pelo envio de fotos através de programas de computador ou pelo celular. Prática também já aceita pelo Banco Central, quando o assunto é seguro de financiamento residencial.
No caso de seguros residenciais, já é possível também comunicar sinistros totalmente online. Inovações que, sem dúvida nenhuma, facilitam e agilizam muito a vida do consumidor. Mas que, segundo especialistas, pedem cuidado e atenção redobrada na hora de cotar e contratar um seguro.
É fundamental estar atento às cláusulas de exclusão, aos meios de ativação da cobertura e aos períodos de validade dos seguros, justamente para não correr o risco de ficar descoberto exatamente naquela hora em que o segurado mais precisa.
O consumidor também deve ter mente que esses novos modelos de contratação, em alguns casos, os expõe aos registros de atividades feitos por aplicativos e equipamentos acoplados aos veículos, que informam a localização exata do celular dos segurados e, além disso, ainda monitoram seus comportamentos como motoristas. Dados que certamente serão levados em conta no momento de redefinir valores dos seguros para serem renovados.
Um dos seguros mais populares no país, e que também vem passando por muitas transformações tecnológicas, é o seguro de celular. O alto índice de roubos, e os valores exorbitantemente caros que as pessoas pagam por esses aparelhos, têm feito empresas digitais e startups investirem pesado em novas propostas de serviços na categoria.
As chamadas insurtechs, termo criado a partir da junção das palavras "seguro" e "tecnologia", em inglês, também usam inteligência artificial, dados e informações coletadas em redes sociais para oferecerem seguros personalizados aos clientes, de acordo com seus perfis de risco.
No entanto, mesmo diante de tanta tecnologia e investimentos no setor, negativas de cobertura, falhas de informação e descumprimentos de ofertas têm sido problemas frequentes no mercado de seguros, segundo pesquisa realizada pelo Instituro de Defesa do Consumidor.
O alento é que, e o caso for parar na justiça, o ônus da prova será sempre da empresa, conforme regra determinada pelo Código de Defesa do Consumidor.
Fonte: Pequenas Empresas, Grandes Negócios
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